O ano definitivamente não termina como se iniciou em Aquino. Do alto do Castelo, constatamos as mudanças na paisagem. Novas famílias se formaram, construíram outros lares e se mudaram. Pessoas que costumávamos avistar nas ruas deixaram nosso convívio. Peregrinações reuniram muitas almas sequiosas ao redor de um Pastor o qual, por sua vez, sucedeu a outro. Amigos se foram, outros vieram. O tempo trouxe diversas alegrias, mas incluiu sofrimentos no pacote. E assim o horizonte do Condado já não é mais o mesmo.
O Sol, porém, permanece impávido, a erguer-se nas colinas douradas. Brilhante, tira da escuridão a silhueta das coisas criadas e permite às almas tomar nota de sua forma, dirigir pelo caminho. Incansável, a fornecer luz e calor intensos, objetos de murmuração para alguns e de fascínio para outros. Confiável, está sempre a pino ao meio-dia. Moderado, nunca se expõe mais que o ocaso.
A fé alimenta o dia. A esperança faz suportar a noite. A caridade traz de volta o Sol de cada dia, que se torna pão, fortaleza e claridade nas trilhas soturnas que percorrem nossas terras. Então aguentamos, porque somos homens amados que amam o Amor. E aprendemos que o tempo que tudo consome nem tudo é capaz de consumar, porque o ocaso do homem é o Sol do meio-dia.
domingo, 29 de dezembro de 2013
Translação
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