Atacam o que não compreendem. Julgam-nos por quizilas. Insuflam as massas sobre nós, como se tivessem a primazia sobre nossas terras. Quem vos chama, pobres almas inocentes? Quem inflama vosso coração? Nenhuma de nossas balistas lhes foi apontada antes. Nossas catapultas permanecem em repouso.
Sem boa-vontade, tão certas estão de nossa culpa que, sem ver alternativa, o governo do castelo decide ser inócuo argumentar. Fora do reinado da razão, não possuímos jurisdição e nem embaixadores. Para isso nenhum de nossos legados foi preparado.
Resta-nos, pois, o refúgio atrás de nossa muralha fortificada, com vistas a assegurar nosso direito de existência. Silenciaremos as armas da Verdade, para que se evite o desperdício de munição e de vidas, até que possam novamente produzir seu efeito em meio à turba ensandecida que agora golpeia nossos portões. Resistiremos no silêncio absorto do condado, confiantes que a fortaleza inexpugnável da Verdade estará em seu lugar ao fim do dia.
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