Luz que ofusca na noite
de escuros dias sem norte,
em que velas de pouca sorte,
no vento se vão apagar.
Vento que constrange o voo
dos que na terra repousam
cansados do próprio esforço
no tempo se pondo a marchar.
Tempo que tudo perece,
no qual se nasce e se cresce;
a vida foge e se esquece
que dele não pode escapar.
Dele é o domínio da Terra,
de tudo o que nela se encerra
das almas que a morte liberta
para um dia à Luz retornar
sábado, 18 de novembro de 2017
Caminho de Volta
domingo, 21 de maio de 2017
Movimento
Voltei ao lugar de onde vim,
de onde fugi sem ter ido,
não sei onde fui, eu não vi,
tão breve que há de ter sido.
Dormi, acordei, estava ali,
e dali percorri o caminho
caminhei por aí, logo ali
reconheci o velho destino.
Lá, revivi alguns bons tempos,
enterrados, largados ao relento
e que logo tornaram a morrer.
Adiante seguiram com o vento,
guardados, além dos momentos;
indo e voltando sem nada dizer.
domingo, 26 de fevereiro de 2017
Clima Hospitaleiro
Nada é muito diferente,
talvez o tempo lá de fora.
O Sol, após a chuva;
o arco-íris que aflora.
O périplo chega à metade,
do inverno se vê a aurora;
a paisagem se torna turva.
Quem não vê? Quem ignora?
O silêncio cumprimenta a alvorada,
que aldrava a porta, rompendo o dia
depois de se despedir da madrugada
de quem muito apreciou a companhia
Doce silêncio, cuja voz não perturba;
nunca demais na alma que inunda;
fragrância de paz na consciência turva;
uma ferida sem dor, antídoto e cura.
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